Você está em: 
Simpósios Temáticos
ImprimirImprimir     
 

Simpósios Temáticos

 

1. Migrações: flora, fauna e humanos em movimento

Resumo: As migrações humanas tiveram implicações ecológicas desde épocas remotas, notadamente no que concerne à biota nos ambientes hospedeiros. Com a expansão ultramarina e a colonização do Novo Mundo, as trocas comerciais e tecnológicas entre nativos e adventícios favoreceram o deslocamento de animais e vegetais, principalmente de espécies domesticadas em épocas anteriores. Algumas dessas migrações resultaram em invasão biológica no ambiente hospedeiro, inclusive com profundas alterações na biodiversidade. Estas alterações geram preocupações entre os pesquisadores fazendo com que acha uma valorização cada vez mais crescente na preservação e expansão de plantas nativas. Serão bem-vindos trabalhos que contemplem migrações e suas implicações ecológicas, introdução (in)voluntária de animais e plantas em novos biomas, a invasão biológica de espécies animais e vegetais e sua relação com a biodiversidade, assim como trabalhos sobre a importância e uso de plantas e animais nativos.

 

2. Agricultura, pecuária e impactos ambientais

Resumo: Alguns modos de agricultura e pecuária têm causado enormes impactos ambientais. No Brasil, o cultivo de commodities como a cana-de-açúcar e o café, assim como a criação extensiva de gado vacum ou a criação intensiva de suínos, causa(ra)m sérias transformações em diversos biomas. Desde a segunda metade do século XX, o avanço das migrações para o interior do país e a conversão de outros cultivos em commodities, como a soja e o milho, coincidiram com intensas mudanças socioambientais na hinterlândia brasileira. A partir da década de 1970, com a Revolução Verde, apareceram novas dinâmicas no cenário agropecuário, que causaram outros e inéditos impactos ambientais, como a eutrofização de rios e fontes de água por adubos químicos, a poluição, o envenenamento de agricultores e animais por agrotóxicos e, atualmente, os riscos ainda pouco elucidados das plantas transgênicas. Nesse sentido, o presente simpósio temático tem o objetivo de reunir trabalhos que tratam das relações entre agricultura, pecuária e seus impactos ambientais (no Brasil ou alhures), preferencialmente em contextos de migração.

 

3. Meio ambiente, alimentação e saúde

Resumo: O processo de produção e consumo de alimentos possui sua historicidade. O que se consome e a maneira como se consome abre uma janela para a reflexão histórica sobre os valores e as sociedades, sejam estas a nossa ou de distantes temporalidades. Além de ser um ato pessoal e cotidiano, a alimentação é também um ato social, cultural, político e, sobretudo nos tempos atuais, ecológico. Assim como a alimentação, as doenças, bem como as práticas de saúde, marcam as relações que as sociedades têm com o meio ambiente. Serão acolhidos trabalhos que discutam as relações que a Saúde e a Alimentação possuem com o mundo natural.

 

4. Águas: usos e representações

Resumo: O controle das águas pode ser considerado como parte de um processo de domesticação da natureza e cujos primórdios remontam às primeiras civilizações. Os diversos usos e representações das águas dependem de cada relação entre sociedade e ambiente. No campo historiográfico, muitas análises recorrem ainda a uma visão utilitarista dos “recursos hídricos”. Porém, alguns trabalhos têm destacado aspectos comerciais e culturais relacionados aos rios, lagos e mares que demonstram formas distintas de usos e representações das águas. Mas é ainda pouca a atenção dada à dimensão ambiental dos usos e representações das águas (marinhas, lacustres, fluviais, fontes minerais, etc.) Este simpósio temático visa tratar das várias formas de usos e representações das águas em diferentes espaços (ribeirinhos, fluviais, lacustres ou marítimos) e épocas.

 

5. Discursos, ideias e percepções sobre o meio ambiente

Resumo: Além das mudanças econômicas, políticas e culturais que têm implicações na relação entre sociedade e meio ambiente, a História Ambiental tem ampliado o conhecimento dos discursos, ideias e percepções sobre o meio ambiente ao longo dos séculos. Este simpósio temático visa acolher trabalhos que tratam destas elaborações discursivas sobre a natureza ou sobre as mudanças ambientais, especialmente aquelas provocadas pela ação humana, direta ou indiretamente. O debate sobre a influência de concepções religiosas ou científicas e de interesses políticos e/ou econômicos dos discursos elaborados por diferentes atores, bem como as críticas ou defesas elaboradas por eles sobre a relação entre sociedade e meio ambiente, permitem uma melhor compreensão das matrizes históricas dos discursos ambientalistas da atualidade.

 

6. Ambiente e saberes de comunidades tradicionais

Resumo: A interação das comunidades tradicionais (indígenas, quilombolas, pescadores...) com o meio ambiente tem suas particularidades. Seu modo de vida e seus saberes (fitoterápicos, etc.) acusam uma longa duração de convivência com outros elementos (plantas, montanhas ou vales, rios, etc.). A criação de unidades de conservação (parques, reservas, estações, refúgios ou áreas de proteção) nem sempre respeita e valoriza as práticas socioculturais destas comunidades. O simpósio temático visa debater estudos sobre a história de comunidades tradicionais, especialmente sua interação com o ambiente e as relações estabelecidas com outros grupos étnicos, como colonos e migrantes. Visa também discutir, em uma perspectiva histórica, o lugar das comunidades tradicionais nos projetos de criação de novas unidades de conservação ambiental, na manutenção e gestão das unidades existentes e em experiências de uso sustentável e compartilhado dos recursos naturais. Inclui pesquisas que abordam migrações motivadas pela instalação de unidades de conservação, por conflitos dela decorrentes ou por políticas públicas voltadas à proteção ambiental.

 

7. Desastres ambientais e políticas públicas

Resumo: Em função da crescente ocupação territorial, falta de planejamento urbano, desmatamentos em grande escala, associado a alterações climáticas instáveis, está se tornando cada vez mais comum a ocorrência de desastres ambientais. É notável que o ser humano, no passar dos séculos, vem alterando de forma drástica o meio ambiente e se tornou um catalisador de tais eventos. A partir do final do século XIX, desenvolveram-se políticas públicas para prevenir e ou remediar situações calamitosas causadas às populações por esses desastres ambientais, todavia os seus resultados nem sempre são efetivos e atendem as populações atingidas. Estudar os desastres é uma forma de auxiliar na compreensão de suas causas e as principais consequências que trazem para as comunidades afetadas direta e indiretamente. Este simpósio pretende reunir trabalhos que enfoquem suas pesquisas nos desastres ambientais como inundações, enchentes, deslizamentos, secas, entre outros, como também as políticas públicas que foram e estão sendo colocadas em práticas frente a tais problemas.

 

 

Desenvolvido por Dype Soluções